terça-feira, 30 de abril de 2013

POR QUE MEDO DO DENTISTA?


POR QUE MEDO DO DENTISTA?

          Se perguntarem a uma pessoa: “tem medo do dentista?”, a primeira reação de muitos será dizer que não – pois ninguém gosta de se ver como um indivíduo “assustado”.
          A verdade, entretanto, é que muitos não frequentam o consultório dentário de maneira alguma, mesmo que estejam a lhe cair todos os dentes da boca. A razão, se formos procurar , está lá, escondidinha: medo. Nada mais do que isso.
          Pior do que o medo é o medo de perceber o medo. Para esconder que, no fundo, tem um verdadeiro temor da cadeira do dentista, muita gente inventa as mais variadas desculpas. Há pessoas que dizem que não vão ao consultório porque determinado dentista não é bom, ao invés de procurar um profissional mais competente. Assim, ficam sem tratamento dentário.
          O que fazer diante do medo? A nível de saúde bucal, se não visitarmos um bom dentista periodicamente, podemos ter problemas mais sérios em nossa boca. Por exemplo, uma pequena cárie pode chegar a atingir a polpa (“nervo”) do dente, exigindo um tratamento de canal; uma inflamação da gengiva, quando não tratada por anos pode evoluir para uma periodontite, onde já ocorre destruição do osso ao redor do dente.
                    A Odontologia Psicossomática Trilógica explica porque algumas pessoas têm medo de ir a um dentista bom – que conserva o máximo possível os dentes naturais e que não faz um tratamento doloroso. Nesse caso, o medo de ir ao dentista é de origem psicológica, devido à inversão (vê o que é bom como algo ruim) e também por achar que se não vê o problema este não existe (se não vê uma cárie, ela não existe).
         O nosso maior medo é de entrarmos em contato com a própria consciência (compreensão total da realidade, principalmente do nosso interior). A nossa consciência é aquela “voz” interior que nos está sempre mostrando o que existe de bom, belo e verdadeiro e que, ao mesmo tempo, nos revela os erros que cometemos (e também os erros da sociedade), para podermos corrigi-los e, assim, nos desenvolvermos.
          Todas as nossas atitudes nos trazem uma percepção da realidade. Quando o dentista examina nossa boca para ver se temos algum problema, sentimos como se a dor e o sofrimento tivessem começado a partir daí e se escondermos o mal ele não vai nos magoar.
         Além disso, é importante vermos o que os dentes nos representam, pois todos os associam  a algo bom, como saúde e estética. E quando perguntamos o que a cárie representa, todos associam a algo ruim, como destruição,dor, perda de saúde e de estética. Portanto, ao sabermos que temos uma cárie, isto espelha a destruição que, inconscientemente, fazemos na nossa vida, enfim, temos consciência da nossa fragilidade (psicossocial e individual).
         O mais consciente não tem medo de ir ao dentista (bom) e, inclusive, tem a percepção necessária para escolher um dentista competente.

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